Em primeiro de maio de 1500, Pero Vaz de Caminha começou a escrever a história do Nordeste brasileiro, em sua famosa carta misto de relatório , descrição e deslumbramento.
Com uma extensão territorial de 1.554.257,0
quilômetros quadrados, a terceira maior região do país, formada pelos estados
de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe é responsável por 18,20 % do território e
cerca de 28% da população.
Rica em belezas naturais é tradicionalmente
associada a miséria devido a escassez das chuvas, que fez migrar parte de sua
gente valente e trabalhadora. Possui uma culinária rica e diversificada
evidenciada nas manifestações de um povo alegre e festeiro. Ainda assim, possui
o menor IDH ( índice de desenvolvimento humano ) do país, cheia de contrastes.
Berço de artistas, estadistas e cientistas de renome.
Pelo
acordo de Tordesilhas o Brasil ficou como colônia portuguesa, o que não poupou
a costa de invasões. Os portugueses não tinham total controle e condições de
proteger seu território, sendo assim alvo constante de tentativas de invasão
estrangeira.
O português Tomé de Souza designado como governador-geral do
Brasil, troxe um grupo de aproximadamente quinhentas pessoas que iriam
auxiliá-lo a representar a Coroa Portuguesa no Brasil. Fez com que a cidade de Salvador fosse criada como
primeira capital do território colonial, como tentativa de organizar a
administração e trazer e tornar a colônia rentável. Dessa forma Salvador,
passou a ser o centro de descisões jurídicas como interface entre Portugal.
Entre 1500 e 1530, embarcações
francesas chegavam ao Brasil, entravam em contato com
as populações indígenas locais e promoviam a extração do pau-brasil. Essas
expedições avançaram para um ambicioso projeto de se fixar no Brasil.
A primeira tentativa de entrada no território brasileiro aconteceu
no ano de 1555, Fundando a chamada França Antártica no litoral do Rio de
Janeiro, os colonizadores franceses contaram com o apoio de populações nativas
para se manterem . Não tinha apenas motivação econômica, organizada por
protestantes franceses liderados pelo almirante Coligny, esse grupo queria se
fixar no Brasil para escapar da perseguição religiosa na França.
Após uma série de conflitos, o governador-geral Mem de Sá
conseguiu expulsá-los em 1567.
Negociando com as lideranças indígenas que apoiavam a presença francesa, os
padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta foram de grande ajuda para
conseguir reverter o apoio indígena.
Décadas mais tarde, no início do século XVIII, a França tentou realizar novas
tentativas de invasão ao Rio de Janeiro.
A França ainda buscou executar outras ações de invasão pelo
território brasileiro. No ano de 1612,
fundaram o forte de São Luís. os franceses queriam ali criar uma colônia
chamada França Equinocial. Esse forte acabou se tornando um dos mais
importantes marcos históricos coloniais da cidade de São Luís, que hoje é
capital do estado do Maranhão. No ano de 1630, com o uso de 77 barcos, os holandeses chegaram até
à região de Pernambuco. Liderados por Matias de Albuquerque, bem sucedidos em
uma segunda tentativa.
Para vencer a resistência local, os holandeses realizaram acordos
em que prometiam investir na formação de novas lavouras e na construção de
engenhos. Com isso, os proprietários de terras pernambucanos passaram a apoiar
a entrada dos holandeses .
A partir daquele momento, os holandeses não só se concentraram em
dominar terras pernambucanas, ao longo do tempo, expandiram a sua dominação
para outras regiões açucareiras do nordeste e construíram diversos engenhos.
Também financiaram novas plantações. Além disso, algumas cidades coloniais
ganharam reformas e construções que deram uma nova aparência ao espaço colonial
nordestino. Atribui-se a eles a construção do dique do Tororó em Salvador- Ba,
capital da colônia na época. Ficaram na região até o ano de 1654.
Com a crise do
açúcar no mercado internacional, no século XVIII e a descoberta de metais
preciosos ao centro-sul do território brasileiro mudaram as coisas. No ano de
1763, a capital do Brasil foi repassada para o Rio de Janeiro.
Nos séculos XIX até meados do século XX houve uma
grande onda migratória do nordeste para outras regiões do país em especial o
sudeste, onde os nordestinos serviram como mão de obra barata exercendo funções mais simples tais migrantes são apelidados de
“ paraíbas “ não importa o estado de origem ou “ severinos “ . Eles migram por causa da falta de condições em suas praças de
origem a procura de trabalho e condições mais dignas.
Nos dias atuais, se encontram em obras a polêmica
transposição do Rio São Franciso, até consulta popular foi feita sobre o
assunto. Bem como uma onda de ânimo e auto estima da população nordestina, uma
coisa é certa : Nordestino é valente.
K L´Uz
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